Subsídio EBD Juvenis, Lição 5 - Os Dons Espirituais
da Revista Lições Bíblicas Juvenis da CPAD, revista 3 do Currículo
A DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS, em a "Teologia Sistemática, de Stanley M. Horton"
Existem muitos dons, e nenhuma das listas visa ser exaustiva. Vinte e um deles são alistados no Novo Testamento. Todos são complementares entre si: nenhum é completo em si mesmo. Por exemplo: todos os dons em Romanos 12.6-8 podem ser proveitosamente aplicados a uma situação de aconselhamento. Dons encontrados em determinada lista podem ser facilmente relacionados a dons constantes em outras relações. O dom de contribuir pode manifestar-se como misericórdia, socorros, exortação ou mesmo o martírio. Alguns dons são facilmente identificados: as línguas e a interpretação, as curas e os milagres. Outros dons, porém, como a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, o discernimento de espíritos e a profecia, talvez exijam um exame cuidadoso antes de serem identificados.
O fato de nenhuma pessoa ser auto-suficiente leva à interdependência. Cada crente é um membro do corpo de Cristo; e cada membro precisa dos demais. Juntos, podem fazer o que um indivíduo sozinho jamais conseguiria. Mesmo quando as pessoas manifestam os mesmos dons, fazem-no de modo diferente e com resultados diferentes. Ninguém indi-vidualmente possui um dom na sua manifestação total. É necessária a participação de todos.
Os dons devem ser exercidos com amor, por causa do perigo de serem comunicados de modo errôneo, até mesmo por pessoas com as mais sinceras intenções. E todo dom deve ser avaliado pela igreja.
Paulo é extremamente prático. Na questão dos dons do Espírito Santo, nada indica seja mera teoria. A maioria dos estudiosos classificam os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, poder e expressão, com três dons em cada categoria. Trata-se de uma divisão conveniente e lógica. Creio, à luz de 1 Coríntios 12.6-8 e 14-1-33, que Paulo está fazendo uma divisão funcional.Com base no emprego da palavra grega heteros ("outro de tipo diferente") por duas vezes em 1 Coríntios 12.6-8, podemos ver os dons divididos em três categorias de dois, cinco e dois dons respectivamente.
Dons de Ensino (e Pregação):
Existem muitos dons, e nenhuma das listas visa ser exaustiva. Vinte e um deles são alistados no Novo Testamento. Todos são complementares entre si: nenhum é completo em si mesmo. Por exemplo: todos os dons em Romanos 12.6-8 podem ser proveitosamente aplicados a uma situação de aconselhamento. Dons encontrados em determinada lista podem ser facilmente relacionados a dons constantes em outras relações. O dom de contribuir pode manifestar-se como misericórdia, socorros, exortação ou mesmo o martírio. Alguns dons são facilmente identificados: as línguas e a interpretação, as curas e os milagres. Outros dons, porém, como a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, o discernimento de espíritos e a profecia, talvez exijam um exame cuidadoso antes de serem identificados.
O fato de nenhuma pessoa ser auto-suficiente leva à interdependência. Cada crente é um membro do corpo de Cristo; e cada membro precisa dos demais. Juntos, podem fazer o que um indivíduo sozinho jamais conseguiria. Mesmo quando as pessoas manifestam os mesmos dons, fazem-no de modo diferente e com resultados diferentes. Ninguém indi-vidualmente possui um dom na sua manifestação total. É necessária a participação de todos.
Os dons devem ser exercidos com amor, por causa do perigo de serem comunicados de modo errôneo, até mesmo por pessoas com as mais sinceras intenções. E todo dom deve ser avaliado pela igreja.
Paulo é extremamente prático. Na questão dos dons do Espírito Santo, nada indica seja mera teoria. A maioria dos estudiosos classificam os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, poder e expressão, com três dons em cada categoria. Trata-se de uma divisão conveniente e lógica. Creio, à luz de 1 Coríntios 12.6-8 e 14-1-33, que Paulo está fazendo uma divisão funcional.Com base no emprego da palavra grega heteros ("outro de tipo diferente") por duas vezes em 1 Coríntios 12.6-8, podemos ver os dons divididos em três categorias de dois, cinco e dois dons respectivamente.
Dons de Ensino (e Pregação):
- A palavra da sabedoria
- A palavra do conhecimento
- Fé
- Dons de curar
- Operação de maravilhas
- Profecia
- Discernimento de espíritos
- Variedades de línguas
- Interpretação de línguas
Dons Espirituais, segundo o Dicionário do Movimento
Pentecostal
Do gr. pneumatikon , derivado de pneuma , “espírito”, 1 Coríntios 12.1;
14.1,12. Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma
variedade de dons espirituais concedidos sobrenaturalmente aos crentes (1 Co
12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação
da igreja (1 Co 12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de
Romanos 12.6-8 e Efésios 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e
capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. Os dons aí tratados
podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
(1) As manifestações do Espírito dão-se de
acordo com a vontade do Espírito (1 Co 12.11), ao surgir a necessidade, e
também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1 Co 12.31; 14.1).
(2) Certos dons podem operar num crente de
modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de
necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (1
Co 12.31; 14.1).
(3) É antibíblico e insensato pensar que
exercer um dom de operação exteriorizada (mais visível) é sinal de maior
espiritualidade do que exercer dons de operação mais interiorizada (menos
visível). Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não
significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir
os dons do Espírito com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais
diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
(4) Satanás pode imitar a manifestação dos
dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem
fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2 Co 11.13-15; 2 Ts 2.8-10). O crente não
deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os
espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo” (1 Jo 4.1; cf. 1 Ts 5.20,21).
Em 1 Coríntios 12.8-10, o apóstolo Paulo
apresenta uma diversidade de dons (derivado de charis , “graça”) que o
Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as
características desses dons, porém, noutros trechos das Escrituras, temos
ensino sobre os mesmos.
1. Dom da
Palavra da Sabedoria (1 Co 12.8).
Trata-se de uma mensagem vocal sábia,
enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem
aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma
situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da
sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente
estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg
1.5,6).
2. Dom da
Palavra do Conhecimento (1 Co 12.8).
Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo
Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de
circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito
relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1 Co 14.24,25).
3. Dom da
Fé (1 Co 12.9).
Não se trata da fé para salvação, mas de uma
fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente
a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé
que remove montanhas (1 Co 13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com
outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20;
Mc 11.22-24; Lc 17.6).
4. Dons
de Curas (1 Co 12.9,28,30).
Do gr. charismata iamat ō n . Esses dons são
concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e
sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica
curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom
especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do
corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos.
Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao
ensino bíblico de Tiago 5.14-16.
5. Dom de
Operação de Milagres (1 Co 12.10).
Trata-se de atos sobrenaturais de poder que
intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino
de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).
6.
Dom de Profecia (1 Co 12.10).
É preciso distinguir a profecia aqui
mencionada, como manifestação momentânea do Espírito, da profecia como dom
ministerial na igreja, mencionado em Efésios 4.11. Como dom de ministério, a
profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como
ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está
potencialmente disponível a todo cristão cheio dele (At 2.16-18). Quanto à
profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um
dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de
Deus, sob o impulso do Espírito Santo (1 Co 14.24,25,29-31). Aqui, não se trata
da entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT como no NT,
profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de
Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1 Co
14.3). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma
pessoa (1 Co 14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e
julgamento (1 Co 14.3,25,26,31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda
profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1 Jo
4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo
(14.29,32; 1 Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1 Jo
4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por
alguém que, de fato, vive submisso e obediente a Cristo (1 Co 12.3). (e) O dom
de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus, e não a do homem. Não há,
no NT, um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou
orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente
quando Deus tomava o profeta para isso (1 Co 12.11).
7. Dom de
Discernimento de Espíritos (1 Co 12.10).
Trata-se de uma dotação especial dada pelo
Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e
distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1 Co 14.29; 1 Jo
4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (Mt 24.5) e a distorção do
cristianismo bíblico aumentarão muito (1 Tm 4.1), esse dom espiritual será
extremamente importante para a igreja.
8. Dom de
Variedades de Línguas (1 Co 12.10).
No tocante às “línguas” (gr. gl ō
ssa , que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito,
notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At
2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (1 Co
13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é
entendida, tanto por quem fala (1 Co 14.14) como pelos ouvintes (1 Co 14.16).
(b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito
de Deus, que, entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação
direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças),
expressando-se através do espírito mais do que da mente (1 Co 14.2,14) e orando
por si mesmo ou pelo próximo, sob a influência direta do Espírito Santo, à
parte da atividade da mente (1 Co 14.2,15,28; Jd 20). (c) Línguas estranhas
faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito,
para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1 Co
14.3,27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a
igreja (1 Co 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta
durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou
“fora de controle” (1 Co 14.27,28).
9. Dom de
Interpretação de Línguas (1 Co 12.10).
Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito
Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma
mensagem dada em línguas. Tal mensagem, interpretada para a igreja reunida,
pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda
a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A
interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da
congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (1 Co 14.6,13,26). A
interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas ou de outra
pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (1 Co
14.13).
Veja também DONS DO ESPÍRITO SANTO e DOUTRINA
PENTECOSTAL.
Fontes: Dons espirituais para o crente. Em: Bíblia de Estudo Pentecostal . Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, pp. 1756-1758; ARRINGTON, French L. e STRONSTAD, Roger,
eds. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo
Testamento . Rio de Janeiro, CPAD, 2003, 1a edição, pp. 1008-1020; Dons
espirituais. Em: PFEIFFER, Charles F. at alli . Dicionário Bíblico Wycliffe
. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 581-583.
Dons Ministeriais no Dicionário do Movimento
Pentecostal (retirado de Bíblia de Estudo Pentecostal)
A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) traz o seguinte estudo doutrinário:
Do gr. diakoniai , “ministérios”, derivado de diakonia , “serviço”. Constituem-se em
capacitação e poder concedidos pelo Espírito Santo a crentes para prestarem uma
variedade de serviços à igreja. Eles estão mencionados em 1 Coríntios 12.28,29,
Efésios 4.11-16, Romanos 12.4-8 e 1 Pedro 4.10,11.
Há comentaristas que separam os dons
ministeriais em duas classes: 1a) os dons ministeriais propriamente ditos, com
base somente em Efésios 4.7-12, os quais se relacionam com a liderança da
Igreja. São os ministros da igreja – apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e doutores; e 2a) os dons de serviço cristão (Rm 12.6-8 e 1 Co 12.28),
os quais têm a ver com o trabalho do Senhor. São eles: servir, ensinar,
exortar, repartir, presidir e misericórdia. Os dons de serviço consideram os
crentes como indivíduos, diferentemente dos dons espirituais, voltados para o
coletivo.
Efésios 4.11 alista os dons de ministério
(i.e., líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à igreja. Paulo
declara que Ele deu esses dons (1) para preparar o povo de Deus para o trabalho
cristão (Ef 4.12) e (2) para o crescimento e desenvolvimento espirituais do
corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (Ef 4.13-16).
1.
Apóstolos.
O título “apóstolo” aplica-se a certos líderes
cristãos no NT. O verbo apostell ō
significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e
representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3.1),
os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2
Co 1.1; Gl 1.1), e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1 Ts 2.6,7).
(1) O termo “apóstolo” era usado no NT em sentido geral, para um representante
designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários
cristãos. Logo, no NT, o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como
missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (At 14.4,14; Rm
16.7; cf. 2 Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança
espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e
confirmar o evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas,
segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam
suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do
evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25, 26). Eram homens de fé e de
oração, cheios do Espírito (At 11.23-25; 13.2-5,46-52; 14.1-7,21-23). (2)
Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de
Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do
Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por
outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua
tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt
28.18-20). (3) O termo “apóstolo” também é usado no NT em sentido especial, em
referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram
pessoalmente comissionados por Ele para pregar o evangelho e estabelecer a
igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja,
no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém
mais até hoje (Ef 2.20). O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é
exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm
sucessores (1 Co 15.8).
2.
Profetas.
Os profetas eram homens que falavam sob o
impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram
a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados
pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da
parte de Deus ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4). (1) O ministério profético do
AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos profetas do AT era
transmitir a mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo de Deus
a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes, eles
também prediziam o futuro, conforme o Espírito lhes revelava. Cristo e os
apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2). (2) A função do
profeta na igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava, cheio do
Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava
admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26;
1 Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia. (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1 Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17). Por causa de sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia. (3) O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1 Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade diante do mal, e capacidade de identificar e detestar a iniqüidade (Rm 12.9; Hb 1.9); (c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2 Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra de Deus para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.16; 1 Pe 4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31). (4) A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus. A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1 Co 14.29-33; 1 Jo 4.1). (5) Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalimo quanto aos ensinos da Bíblia (1 Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência, denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do Espírito (2 Tm 3.1-9; 4.3-5; 2 Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de Deus, será impulsionada à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade do Espírito serão evidentes entre os fiéis (1 Co 14.3; 1 Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).
1 Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia. (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1 Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17). Por causa de sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia. (3) O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1 Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade diante do mal, e capacidade de identificar e detestar a iniqüidade (Rm 12.9; Hb 1.9); (c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2 Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra de Deus para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.16; 1 Pe 4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31). (4) A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus. A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1 Co 14.29-33; 1 Jo 4.1). (5) Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalimo quanto aos ensinos da Bíblia (1 Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência, denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do Espírito (2 Tm 3.1-9; 4.3-5; 2 Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de Deus, será impulsionada à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade do Espírito serão evidentes entre os fiéis (1 Co 14.3; 1 Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).
3.
Evangelistas.
No NT, evangelistas eram homens de Deus,
capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, i.e., as boas
novas da salvação aos perdidos, e ajudar a estabelecer uma nova obra numa
localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da
salvação (Rm 1.16). (1) Filipe, o “evangelista” (At 21.8), claramente retrata a
obra deste ministério, segundo o padrão do NT. (a) Filipe pregou o evangelho de
Cristo (At 8.4,5,35). (b) Muitos foram salvos e batizados em água (At 8.6,12).
(c) Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as
suas pregações (At 8.6,7,13). (d) Os novos convertidos recebiam a plenitude do
Espírito Santo (At 8.14-17). (2) O evangelista é essencial no propósito de Deus
para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de
evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á
uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. A igreja
que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos
proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At
2.14-41).
4.
Pastores.
Os pastores são aqueles que dirigem a
congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são
chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos”, ou supervisores (1 Tm
3.1; Tt 1.7). (1) A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia
(Tt 1.9-11), ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1
Ts 5.12; 1 Tm 3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e
esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb
12.15; 13.17; 1 Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em Atos 20.28-31:
salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas
doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são
ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o Bom Pastor (Jo
10.11-16; 1 Pe 2.25; 5.2-4). (2) Segundo o NT, uma igreja local era dirigida
por um grupo de pastores (At 20.28; Fp 1.1). Os pastores eram escolhidos, não
por política, mas segundo a sabedoria do Espírito concedida à igreja enquanto
eram examinadas as qualificações espirituais do candidato. (3) O pastor é
essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de
selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do
Espírito (1 Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de
Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os
padrões do evangelho serão abandonados (2 Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus
familiares não serão doutrinados conforme o propósito de Deus (1 Tm 4.6,14-16;
6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2 Tm 4.4).
Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com
as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito
da piedade (1 Tm 4.6,7).
5.
Doutores ou mestres.
Os mestres são aqueles que têm de Deus um dom
especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, a fim de
edificar o corpo de Cristo (4.12). (1) A missão dos mestres bíblicos é defender
e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi
confiado (2 Tm 1.11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação
bíblica e à mensagem original de Cristo e dos apóstolos, e nisto perseverar.
(2) O propósito principal do ensino bíblico é preservar a verdade e produzir
santidade, levando o corpo de Cristo a um compromisso inarredável com o modo
piedoso de vida segundo a Palavra de Deus. As Escrituras declaram, em 1 Timóteo
1.5, que o alvo da instrução cristã (literalmente, “mandamento”) é a “caridade
de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1 Tm
1.5). Logo, a evidência da aprendizagem cristã não é simplesmente aquilo que a
pessoa sabe, mas como ela vive, i.e., a manifestação, na sua vida, do amor, da
pureza, da fé e da piedade sincera. (3) Os mestres são essenciais ao propósito
de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos
mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará
com a autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação
correta dos ensinos bíblicos. A igreja onde mestres e teólogos estão calados não
terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem
objeção; e nela, as práticas religiosas e idéias humanas serão de fato o guia
no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando deveria ser a
verdade bíblica.Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos
piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos
princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsos
serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida
de seus membros. A inspirada Palavra de Deus deve ser o teste de todo ensino,
idéia e prática da igreja. Assim sendo, a igreja verá que a Palavra inspirada
de Deus é a suprema autoridade, e, por isso, está acima das igrejas e suas
instituições.
Fontes: Dons Ministeriais para a Igreja. Em: Bíblia de Estudo Pentecostal . Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, pp. 1814-1816; ARRINGTON, French L. e STRONSTAD, Roger,
eds. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,
1a edição, pp. 1240-1245.
1 Coríntios 12:11, no Comentário Mathew Henry
Os dons espirituais eram
poderes extraordinários outorgados nas primeiras épocas para convencer os incrédulos,
e para difundir o Evangelho. Os dons e as graças diferem amplamente. Ambos são
dados generosamente por Deus, porém onde se dá a graça é para a salvação dos
que a recebem. Os dons são para o proveito e salvação do próximo; e pode haver
grandes dons onde não há graça. Os dons extraordinários do Espírito Santo foram
exercidos principalmente nas assembléias públicas, onde parece que os coríntios
faziam ostentação deles, ao falta-lhes o espírito de piedade e do amor cristão.
Enquanto eram pagão não tinham
sido influenciados pelo Espírito de Cristo. ninguém pode chamar Senhor a Cristo
por fé, se essa fé não é obra do Espírito Santo. Ninguém pode acreditar em seu
coração ou provar por um milagre que Jesus é o Cristo, senão for pelo Espírito
Santo. Há diversidade dons e diversidade de operações, porém todas procedem de
um só Deus, um só Senhor, um só Espírito; isto é, Pai, Filho e Espírito Santo,
origem de todas as bênçãos espirituais. Nenhum homem os tem simplesmente para
si mesmo. Quanto mais usá-los em benefício de outrem, mais favorecerão sua própria
conta. Os dons mencionados parecem significar entendimento exato e expressão
das doutrinas da religião cristã; o conhecimento dos mistérios, e a destreza
para exortar e aconselhar. Além disso, o dom de curar os doentes, fazer
milagres e explicar a Escritura por um dom peculiar do Espírito, e a habilidade
para falar e interpretar linguagens. Se tivermos algum conhecimento da verdade,
ou algum poder para dá-la a conhecer, devemos dar toda a glória a Deus. Quanto
maiores sejam os dons, mais exposto a tentações está o possuidor, e maior é a
medida de graça necessária para mantê-lo humilde e espiritual; e este se
encontrará com mais experiências dolorosas e dispensações humilhantes. Pouca
causa temos para gloriar-nos em algum dom concedido a nós, ou para desprezar
aos que não os têm.


