Subsídio EBD Juvenis - Revista Lições Bíblicas CPAD
A Igreja de Cristo
Igreja, no
Dicionário Teológico de Andrade
- [Do heb. qahal,
assembléia do povo de Deus; do gr. ekklesia, assembléia pública]
Organismo místico composto por todos os que, pela fé, aceitaram o sacrifício
vicário de Cristo, e têm a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e
conduta (Ef 5.30-33).
No Novo
Testamento, o mesmo termo aplica-se ao ajuntamento dos fiéis, num determinado
lugar, para adorar a Deus, fortalecer a comunhão cristã e desenvolver o serviço
cristão (Fm 2).
Comentário
de Matthew Henry sobre Mateus 16:13-20
Pedro disse, por si mesmo e por
seus irmãos, que estavam seguros de que nosso Senhor era o Messias prometido, o
Filho do Deus vivo. Isto mostra
que criam que Jesus eram mais que homem. Nosso
Senhor afirma que Pedro era bem-aventurado, porque o ensinamento de Deus o
fazia diferente de seus compatriotas incrédulos.
Cristo agrega que o chama
Pedro, aludindo a sua estabilidade ou firmeza para professar a verdade. a palavra traduzida como
"pedra" não é a mesma palavra "Pedro", senão uma de
significado similar. Nada pode
ser mais errôneo que supor que Cristo significou que a pessoa de Pedro
era a rocha. Sem dúvida que o próprio
Cristo é a Rocha, o fundamento provado da Igreja; e aí daquele que tentar
colocar outro! A confissão de Pedro é esta rocha
Enquanto doutrina. Se Jesus não for o Cristo, os que Ele
possui não são da Igreja, mas enganadores e enganados. Nosso Senhor declara depois a autoridade com que Pedro seria
investido. Ele falou em nome de
seus irmãos e isto o relacionava a eles com Ele. Eles não tinham conhecimento certeiro do caráter dos homens,
e eram propensos a erros e a pecados em sua conduta; porém eles foram guardados
livres de erro ao estabelecer o caminho de aceitação e de salvação, a regra da
obediência, o caráter e a experiência do crente, e a condenação final dos incrédulos
e hipócritas. Em tais matérias
sua decisão era reta e confirmada no céu. Mas
todas as pretensões de qualquer homem, sejam de desatar ou de amarrar os
pecados dos homens, são blasfemas e absurdas. Ninguém
pode perdoar pecados, senão somente Deus. e
este amarrar e desamarrar na linguagem corriqueira dos judeus significava
proibir e permitir, ou ensinar o que é legal ou ilegal.
Ordenança, no Dicionário Teológico de
Andrade
Por constituírem em ordenações explícitas de Nosso Senhor à sua
Igreja, assim são denominados o batismo em água e a santa ceia. As mesmas
ordenanças são chamadas de sacramentos por alguns segmentos do Cristianismo,
pelo fato destes considerarem-nas como sinal sagrado para a transmissão da
salvação.
A Origem da
Igreja, segundo a Teologia Sistemática de Bergsten
Iniciamos
aqui um estudo sobre a Igreja do Deus vivo (cf. 1 Tm 3.15). A Igreja é o alvo
do grande amor de Jesus Cristo. A Bíblia diz: “Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Para melhor compreensão da doutrina
sobre a Igreja, iremos meditar sobre a origem desse organismo sob três
aspectos.
A Igreja
tem origem em Deus desde a eternidade
A Igreja no coração de Deus
A Igreja no coração de Deus
Quando Deus, na sua presciência, previu a
queda do homem que haveria de criar, por seu grande amor concebeu um plano
de salvação para esse homem, e isso através do sacrifício do seu Filho
amado (cf. Ef 1.4,5; 1 Pe 1.19,20). O Filho aceitou o plano divino. É por isso
que a Bíblia diz do “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”
(Ap 13.8). No seu eterno plano, Deus também determinou as bases e a forma da
comunhão que deveria haver entre os que aceitassem a salvação por Jesus Cristo.
Foi então que a Igreja surgiu como um plano embrionário no coração de Deus.
Esse embrião se manteve “oculto em mistério” (cf. 1 Co 2.7) desde os
séculos dos séculos, até que o Pai, na plenitude dos tempos, o quis revelar
pelo Espírito Santo (cf. Ef 3.2-6; 1 Co 2.10).
A Igreja na plenitude dos tempos
A Igreja na plenitude dos tempos
Quando Jesus, na plenitude dos tempos (cf. Gl
4.4), veio e iniciou a sua missão, começou a ser revelado aquele mistério de
Deus. Os homens que se convertiam pela pregação de Cristo começaram a
segui-lo e a “se congregar em Cristo” (Ef 1.10). De modo natural, formou-se em
torno de Jesus um agrupamento que foi o início da Igreja. Jesus falou
sobre a sua igreja dizendo: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt
16.18), referindo-se à confissão de Pedro que havia declarado na sua fé:
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). O início da igreja foi
simples: Jesus era o centro em tudo e só havia uma caixa para atender aos
pobres. Judas era o tesoureiro dessa caixa (cf. Jo 13.29).
A Igreja estabelecida
A Igreja estabelecida
Somente quando o Espírito Santo foi derramado
sobre os discípulos e eles foram batizados com poder (cf. At 1.5), é que a
igreja foi estabelecida em autoridade e na forma como Deus havia
determinado. O mistério de Deus, guardado desde o princípio dos séculos, estava
revelado: a Igreja, órgão de Deus na dispensação do Novo Testamento,
havia aparecido em cena.
O projetista da Igreja é Deus
O projetista da Igreja é Deus
Nada ficou dependendo de invenções ou de
idéias humanas. Tudo relativo à Igreja já estava incluído no plano divino.
Deus
fornece o modelo
Sempre que Deus determina que o homem faça
algo em cooperação consigo, fornece o modelo conforme tudo deva ser feito:
· Quando Deus ordenou que Noé construísse a arca, não deixou sob a
responsabilidade do patriarca a escolha do material, do molde e das medidas. Deus determinou tudo, até os menores detalhes (cf. Gn
6.14-16);
·
Quando Deus ordenou a Moisés que construísse o tabernáculo, Ele
lhe deu orientações detalhadas acerca de tudo e enfatizou: “Atenta, pois, que o
faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40);
·
Da mesma maneira, Deus mostrou a Davi o “risco de tudo” para o
templo que Salomão deveria construir (cf. 1 Cr 28.12). Davi então falou a
Salomão: “Tudo isso, disse Davi, por escrito me deram a entender por
mandado do Senhor, a saber, todas as obras deste risco” (cf. 1 Cr 28.19).
Assim, Deus revelou o modelo da Igreja, o qual Ele havia mantido em
oculto. Importa, por isso, fazer tudo conforme esse modelo (cf. 2 Tm 1.13,14).
·
Deus revelou
o modelo da Igreja através do Espírito Santo
Quando a Igreja, no dia de Pentecostes, se
levantou em poder, não existiam livros ou ordens orientando sobre a forma como
ela deveria ser edificada. Jesus ensinou muitas coisas, mas também disse:
“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas,
quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (Jo
16.12,13). Foi isso o que aconteceu. O Espírito Santo tomou a direção de tudo,
e a igreja apostólica surgiu em pleno funcionamento, com os mistérios em ação,
com os dons operando e com um crescimento notável. Dessa maneira, a igreja em
Jerusalém tornou-se padrão para todos os tempos. Os demais detalhes sobre esse
mistério foram depois manifestados pela revelação que Paulo escreveu através
das suas epístolas (cf. Ef 3.3) fornecendo, assim, uma doutrina detalhada sobre
a maneira como a igreja local deve ser edificada e como deve funcionar. Ele
podia escrever: “Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei” (1 Co
11.23). Foi esse ensino que, por toda parte, foi entregue em cada igreja (cf. 1
Co 4.17).
Espírito Santo — o executor do projeto
Espírito Santo — o executor do projeto
Quando o Espírito Santo foi derramado no
começo deste século, dando início ao movimento pentecostal, vivificou essa
doutrina de maneira impulsionadora. A Palavra de Deus sobre a igreja
local se tornou viva e constituiu um modelo que devia ser obedecido. Igrejas se
levantaram por todas as partes do mundo, edificadas conforme o modelo inicial.
O plano divino distingue Igreja universal e igreja local
A Igreja universal
O plano divino distingue Igreja universal e igreja local
A Igreja universal
A Igreja universal é um organismo espiritual,
invisível ao olho humano, composta de todos os que, em todos os tempos e em
todos os lugares, possuírem os nomes escritos no Livro da Vida. É “a universal
assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb 12.23).
Os crentes do Antigo Testamento, que creram em Deus e foram aceitos por Ele
através do sacrifício de cordeiros, após a morte e a ressurreição de Jesus
foram postos em pé de igualdade com os crentes do Novo Testamento (cf. Rm
3.25,26). Eles tomarão parte na primeira ressurreição, quando Jesus vier nas
nuvens. Jesus é o líder da Igreja universal. Não existem nela ministérios
ou cooperadores: Ele é tudo em todos. Aqueles que permanecem em Jesus dando
frutos pertencem à Igreja universal. Se alguém não dá fruto, é cortado
(cf. Jo 15.4-6). Todas as igrejas locais no mundo pertencem à Igreja
universal, mas é possível ser membro de uma igreja local, sem pertencer à
Igreja universal.
A igreja
local
A igreja local é a forma neotestamentária da
comunhão entre os crentes. É um órgão que Jesus fez levantar através da sua
morte (cf. Jo 11.52; Ef 2.15,16). Ela é o agrupamento de crentes
regenerados e batizados em água, residentes em uma determinada comunidade, os
quais, com o propósito de obedecer à Palavra de Deus, se reúnem em um
organismo espiritual para, sob a direção de um ministro de Deus, servir ao
Senhor. Pela Palavra de Deus, sabemos que era possível saber se uma
pessoa pertencia ou não à igreja. A Bíblia fala de “alguns da igreja” (At 12.1)
e dos que “saíram de nós” (1 Jo 2.19). Assim, torna-se manifesta tanto a
retidão dos sinceros (cf. 1 Co 11.19) como o desvario dos errados (cf. 2
Tm 3.9). Quando a Bíblia fala da disciplina na igreja, subentende-se que o
disciplinado pertencia à mesma, pois ninguém pode ser desligado de um
local ao qual não pertencia (cf. Mt 18.17,18). Na igreja local, todos os
membros são iguais em consideração, pois são irmãos (cf. Mt 23.8-10). Não
existe discriminação de raça nem de posição social: todos são varas na mesma
videira (cf. Jo 15.5). A Bíblia fala sempre de uma só igreja local em
cada lugar: a igreja em Jerusalém (cf. At 8.1), em Antioquia (cf. At 13.1), em
Corinto (cf. 1 Co 1.2), em Tessalônica (cf. 1 Ts 1.1) e em Éfeso (cf. Ap 2.1),
por exemplo. A igreja local também é referida na forma plural, quando se
trata das igrejas existentes em determinada região. Assim, as igrejas na
Galácia (cf. Gl 1.2), na Judéia, Galiléia e Samaria (cf. At 9.31) e na
Macedônia (cf. 2 Co 8.1).



