Lição 5 - Deus abomina a soberba
Sobre a dificuldade com os vigilantes e santos descritos em Daniel 4 e também de Nabucodonosor se referir à Daniel como o homem "no qual há o espírito dos deuses santos", leia os comentários abaixo. É possível verificar que a descrição de Nabucodonosor era tão somente relacionada ao que a sua teologia conhecia.
"O mensageiro celestial continuou a mostrar detalhes específicos do sonho amedrontador, o qual soava como um presságio de julgamento. E, na verdade, era um julgamento, mas um julgamento temperado com misericórdia. Porque Nabucodonosor estava em rota de colisão, mas Deus seria fiel a ele.
Keil sugere que é possível que na identificação do rei do decreto dos vigiadores haja uma alusão à antiga teologia babilónica. Na hierarquia das deidades havia trinta deuses conselheiros servindo cinco grandes deuses planetários. Quinze deles eram encarregados pelo mundo superior e quinze pelo mundo inferior. A cada dez dias um mensageiro de cada conselho visitava o outro mundo e trazia uma palavra. Mas, independentemente da limitação teológica que Nabucodonosor tivesse tido, ele veio a conhecer um Deus superior, o Altíssimo, que tem domínio sobre os reinos dos homens."
Comentário Bíblico Beacon - Volume IV, A. F. Harper. CPAD, 2005 - inclusive citando “The Book of the Prophet Daniel”, Biblical Commentary on the Old Testament, C. F. Keil and F. Delitzsch, traduzido por M. G. Easton (Edimburgo: T. and T. Clark, 1862), pp. 89-90.
"Daniel também é chamado de Beltessazar. Ver a mudança do nome de Daniel em Dan. 1.7. Ele recebeu novo nome de acordo com Bei (Marduque), o principal deus da Babilónia. E, acima de todas as pessoas que o rei conhecia, Daniel estava cheio do Espírito dos deuses santos. Essa linguagem é pagã, naturalmente. O rei deveria ter dito “cheio com o Espírito de Deus”. Daniel era um homem inspirado, um gigante espiritual de quem se poderia esperar toda a forma de maravilhas, acima do que se poderia esperar de qualquer homem mortal. O Ser divino estava com ele, e isso o tomava um homem extraordinário. O rei aferrou-se ao seu paganismo e às suas expressões, mas reconheceu que tinha muito para aprender de Daniel e sua fé hebraica."
O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, Volume 5. Champlin, Russel Norman. Hagnos, 2001

.jpg)